O termo histeria tem uma longa história na medicina e na psiquiatria, remontando à Grécia Antiga, mas foi na virada do século XIX, com os estudos de Sigmund Freud, que a compreensão desse fenômeno começou a se aprofundar. A histeria foi amplamente estudada por Freud como um transtorno caracterizado pela manifestação física de conflitos emocionais inconscientes, algo que hoje evoluiu para uma compreensão mais moderna no campo da psiquiatria e psicologia. Atualmente, o termo “histeria” foi substituído por diagnósticos mais específicos, como o Transtorno de Personalidade Histriônica (TPH), que mantém algumas características centrais do que Freud observou, mas com um entendimento mais avançado das causas, sintomas e tratamentos.
No Instituto MHS, abordamos o Transtorno de Personalidade Histriônica (TPH) de forma cuidadosa e baseada em evidências, utilizando avanços na psicoterapia e no tratamento medicamentoso, além de uma abordagem integrada que ajuda os pacientes a lidarem com seus sintomas de maneira eficaz.
Os Estudos de Freud e a Evolução do Diagnóstico
Sigmund Freud, o pai da psicanálise, foi um dos primeiros a estudar a histeria sistematicamente, através de seus trabalhos com pacientes, muitos dos quais manifestavam sintomas físicos inexplicáveis (paralisias, cegueiras temporárias, etc.) que não tinham base médica identificável¹. Freud teorizou que esses sintomas eram a expressão física de conflitos emocionais inconscientes¹. Juntamente com seu mentor, Jean-Martin Charcot, Freud começou a formular a ideia de que a histeria era uma forma de o inconsciente expressar traumas emocionais, um conceito que mais tarde evoluiu para o que conhecemos hoje como o Transtorno de Conversão e o **Transtorno de Personalidade Histriônica (TPH)**².
Freud postulava que a histeria estava intimamente ligada à repressão de impulsos sexuais e traumas emocionais da infância. Suas pacientes frequentemente apresentavam sintomas dramáticos, como desmaios, crises de ansiedade, e comportamentos exagerados e teatrais — características que, em parte, definem o Transtorno de Personalidade Histriônica que a psiquiatria moderna reconhece².
O Transtorno de Personalidade Histriônica (TPH)
Atualmente, o Transtorno de Personalidade Histriônica (TPH) é classificado como um dos transtornos de personalidade do Grupo B no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), sendo caracterizado por comportamentos exageradamente emocionais e dramáticos, além de uma busca constante por atenção³.
Pessoas com TPH tendem a ser sociáveis, carismáticas, e geralmente causam uma forte impressão inicial, mas seus relacionamentos muitas vezes se tornam superficiais ou tensos devido à necessidade excessiva de aprovação e atenção³. Algumas das características centrais do TPH incluem:
Busca constante por atenção: O indivíduo frequentemente se sente desconfortável quando não está no centro das atenções e pode recorrer a comportamentos chamativos ou dramáticos para manter o foco em si mesmo³.
Comportamento sedutor ou provocativo: Muitas vezes, a pessoa com TPH exibe comportamento sexualmente sugestivo de maneira inapropriada, como uma forma de obter atenção⁴.
Emoções voláteis e superficiais: As emoções são expressas de maneira exagerada e podem mudar rapidamente⁴.
Preocupação excessiva com a aparência física: A pessoa pode se concentrar desproporcionalmente em sua aparência como uma forma de atrair elogios e aprovação⁵.
Dificuldade em lidar com críticas ou rejeição: Pessoas com TPH podem reagir mal à crítica ou à falta de atenção, muitas vezes exagerando sua resposta emocional⁵.
Avanços no Diagnóstico e Tratamento
Enquanto Freud iniciou o estudo da histeria, a compreensão moderna do Transtorno de Personalidade Histriônica se baseia em uma combinação de fatores genéticos, ambientais e psicossociais. Hoje, o TPH é diagnosticado por meio de uma avaliação psiquiátrica detalhada, levando em consideração o histórico pessoal, os comportamentos típicos e as interações sociais da pessoa.
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das abordagens mais eficazes para o tratamento do TPH. A TCC ajuda o paciente a identificar padrões de pensamento disfuncionais e comportamentos que alimentam a necessidade de atenção constante e a expressão emocional exagerada⁶. Durante a terapia, o paciente aprende a lidar com os desafios de uma maneira mais equilibrada e menos dramática, desenvolvendo habilidades de autocontrole e autoestima que não dependem exclusivamente da aprovação externa⁶.
Psicoterapia Psicodinâmica
A psicoterapia psicodinâmica, baseada em muitos dos princípios originais de Freud, também é útil no tratamento do TPH. Essa abordagem busca explorar os conflitos inconscientes que podem estar na raiz dos comportamentos histriônicos, ajudando o paciente a compreender e resolver questões emocionais não resolvidas⁶.
Tratamento Medicamentoso
Embora os medicamentos não sejam a primeira linha de tratamento para o TPH, podem ser usados para tratar sintomas associados, como ansiedade, depressão ou irritabilidade, que muitas vezes coexistem com o transtorno. Antidepressivos e estabilizadores de humor podem ser prescritos em alguns casos para ajudar a regular os sintomas emocionais⁷.
Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (tDCS)
Outra técnica inovadora disponível no Instituto MHS é a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (tDCS). Essa técnica não invasiva tem sido utilizada como um complemento à psicoterapia, ajudando a regular a atividade cerebral em áreas associadas ao controle de impulsos e à regulação emocional⁸. A tDCS pode ser útil para reduzir a intensidade das respostas emocionais exageradas e melhorar o autocontrole nos pacientes com TPH⁸.
Quando Procurar Ajuda?
Se você ou alguém que conhece apresenta sinais de Transtorno de Personalidade Histriônica e isso está prejudicando os relacionamentos, a vida profissional ou a qualidade de vida em geral, é fundamental procurar ajuda de profissionais capacitados. No Instituto MHS, contamos com uma equipe multidisciplinar para oferecer um tratamento eficaz e baseado em evidências para ajudar o paciente a alcançar o equilíbrio emocional e melhorar suas interações sociais.
Referências
Freud, S. Estudos sobre Histeria. Publicado em várias edições ao longo dos anos.
American Psychological Association. “Hysteria and its Modern Manifestations in Psychiatric Diagnosis.”
American Psychiatry Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 5th Edition (DSM-5).
Mayo Clinic. Histrionic Personality Disorder: Diagnosis and Treatment.
National Institute of Mental Health. Understanding Personality Disorders: Histrionic Personality Disorder.
Harvard Medical School. Advances in Psychotherapy for Personality Disorders.
Cleveland Clinic. Medication and Therapy for Personality Disorders.
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Estudos sobre o Uso da tDCS no Tratamento de Transtornos de Personalidade.
Considerações de SEO:
Palavras-chave principais: Transtorno de Personalidade Histriônica, Histeria, Tratamento, Freud, Terapia Cognitivo-Comportamental, tDCS, Instituto MHS.
Meta descrição sugerida: “O Transtorno de Personalidade Histriônica, antes conhecido como histeria, é caracterizado por comportamento exagerado e busca por atenção. No Instituto MHS, oferecemos tratamento multidisciplinar e inovador, incluindo tDCS e TCC.”
URL amigável sugerida: https://mhs.med.br/psiquiatria/transtorno-personalidade-histrionica-tratamento