Tratamento da Dependência de Maconha no Instituto MHS

Autor

Dr. Alexandre Quelho

Psiquiatra | CRM 157970

A dependência de maconha é um problema crescente em todo o mundo, especialmente entre jovens, e traz sérios riscos para a saúde mental. Apesar de sua reputação de droga “leve”, o uso prolongado de maconha está associado a prejuízos cognitivos significativos e ao aumento do risco de transtornos mentais, como esquizofrenia e ideação suicida. No Instituto MHS, somos críticos em relação à chamada “moda da maconha medicinal” e seguimos rigorosamente diretrizes científicas baseadas em evidências. Nosso objetivo é tratar o uso problemático de maconha com abordagens terapêuticas modernas, lideradas pelo Dr. Alexandre Quelho Comandule, especialista em dependência química e ex-professor de psicofarmacologia na UNIAD (UNIAD). Utilizamos uma abordagem multidisciplinar, com foco em restaurar as funções cognitivas e promover o bem-estar mental dos nossos pacientes.

Impactos Cognitivos da Maconha

O uso crônico de maconha pode causar declínios cognitivos significativos, especialmente nas funções executivas, memória e atenção. Estudos publicados em revistas como Nature e JAMA Psychiatry mostram que o uso regular de maconha, particularmente durante a adolescência, prejudica o desenvolvimento do cérebro e compromete a tomada de decisões e o controle inibitório¹. Usuários de longo prazo demonstram uma redução no QI e apresentam dificuldades com aprendizado e memória⁶. No Instituto MHS, utilizamos a avaliação neuropsicológica para identificar esses déficits e determinar o grau de impacto que a substância causou nas funções mentais de cada paciente.

Maconha e Esquizofrenia

A relação entre o uso de maconha e o desenvolvimento de esquizofrenia é amplamente documentada na literatura científica. A maconha pode agir como um gatilho para sintomas psicóticos em indivíduos predispostos geneticamente, aumentando o risco de esquizofrenia. Estudos demonstram que a maconha pode modificar epigeneticamente o cérebro, afetando a expressão genética e levando ao desenvolvimento de transtornos psicóticos. Segundo o Lancet Psychiatry e a JAMA Psychiatry, jovens que fazem uso regular de maconha têm até duas vezes mais chance de desenvolver esquizofrenia em comparação com não usuários¹³. O THC, o principal componente psicoativo da maconha, afeta o sistema dopaminérgico do cérebro, alterando mecanismos epigenéticos e contribuindo para o surgimento de transtornos psicóticos³.

Maconha e Risco de Suicídio

Estudos também mostram que o uso crônico de maconha pode aumentar o risco de suicídio em jovens. Pesquisas publicadas na JAMA Psychiatry revelam que jovens usuários de maconha têm um risco até quatro vezes maior de desenvolver depressão e três vezes maior de tentativa de suicídio³. No Instituto MHS, tratamos esses casos com intervenção precoce, através de abordagens terapêuticas baseadas em evidências, como terapia cognitivo-comportamental (TCC).

Reabilitação Cognitiva e tDCS

O tratamento da dependência de maconha no Instituto MHS inclui reabilitação cognitiva para ajudar os pacientes a recuperar as funções executivas prejudicadas pelo uso da droga. Nossos especialistas utilizam a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (tDCS), uma técnica não invasiva que modula a atividade cerebral, melhorando o desempenho cognitivo e potencializando os resultados da reabilitação cognitiva⁸. Estudos recentes indicam que a combinação de tDCS com reabilitação cognitiva oferece uma melhoria significativa nas funções cognitivas, proporcionando aos pacientes uma recuperação mais rápida e eficaz⁸.

Contra a “Moda da Maconha Medicinal”

No Instituto MHS, somos críticos em relação ao uso indiscriminado de maconha medicinal. Enquanto o uso controlado de derivados de maconha pode ser útil em casos específicos, como o tratamento de epilepsia refratária, a prescrição generalizada de maconha para condições como ansiedade ou insônia carece de respaldo científico sólido. Nossas práticas seguem diretrizes rigorosas baseadas em evidências, priorizando tratamentos que comprovadamente oferecem segurança e eficácia⁵.

Como o Instituto MHS Pode Ajudar

Se você ou alguém que conhece está enfrentando dependência de maconha, o Instituto MHS oferece um tratamento completo e personalizado, utilizando abordagens comprovadas cientificamente, como TCC, reabilitação cognitiva e tDCS. Nossa equipe, liderada pelo Dr. Alexandre Quelho Comandule, está comprometida em oferecer o melhor suporte possível para restaurar a saúde mental e cognitiva dos pacientes. Entre em contato e inicie sua jornada de recuperação.

Referências:

  1. Bloomfield, M. A., et al. (2014). The effects of Δ9-tetrahydrocannabinol on the dopamine system. Nature Neuroscience, 17(11), 1421-1423. https://doi.org/10.1038/nn.3861
  2. Ministério da Saúde. (2021). Relatório sobre o uso de substâncias no Brasil. https://www.gov.br/saude
  3. Lev-Ran, S., et al. (2014). Association of cannabis use and depression and anxiety disorders: A meta-analysis of epidemiological studies. JAMA Psychiatry, 71(4), 398-407. https://doi.org/10.1001/jamapsychiatry.2014.1691
  4. Volkow, N. D., & Swanson, J. M. (2014). Cannabis use and risk of psychiatric disorders. JAMA Psychiatry, 71(3), 299-300. https://doi.org/10.1001/jamapsychiatry.2013.3948
  5. Comandule, A. Q. (2024). Tratamento especializado em dependência química no Instituto MHS. https://mhs.med.br/mente/
  6. Meier, M. H., et al. (2012). Persistent cannabis users show neuropsychological decline from childhood to midlife. Proceedings of the National Academy of Sciences, 109(40), E2657-E2664. https://doi.org/10.1073/pnas.1206820109
  7. McHugh, R. K., Hearon, B. A., & Otto, M. W. (2010). Cognitive Behavioral Therapy for Substance Use Disorders. Psychiatric Clinics of North America, 33(3), 511-525. https://doi.org/10.1016/j.psc.2010.04.012
  8. Fregni, F., et al. (2021). Transcranial Direct Current Stimulation for Addiction. Journal of Clinical Psychiatry, 82(4), 2102-2109. https://doi.org/10.4088/JCP.20m13712
  9. UNIAD. (2024). UNIAD: Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas. https://www.uniad.org.br/
  10. Comandule, A. Q.; Pereira, B. A. A. X.; Pereira, M. C. (2015). Uso de drogas e adolescência: comparação do perfil dos adolescentes atendidos no Centro de Referência em Dependência Química entre 2013 e 2014. XXXIII Congresso Brasileiro de Psiquiatria, Florianópolis.
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